Jerusalém, A cidade que vale nada, e tudo!


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São muitos os nomes pelos quais Jerusalém, terra sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos, foi conhecida ao longo de 3.000 anos de história. Seu mais famoso epíteto, foi e talvez, sempre será, o mais surreal. 
Debaixo de vários reinos, potências, revoltas e histórias clássicas, esta cidade insiste em quebrar com os estereótipos de uma grande pólis. Algumas  se gloriariam por grandes jardins suspensos, colossos, florestas, posição privilegiada, grandes universidades... Enfim nesta cidade ancestral nada disso foi uma das razões para que fosse digna de fazer uma Cruzada ou uma Jihad.
É o foco das maiores religiões monoteístas, foi lar de Reis míticos e grandes mentes científicas... 
Durante a sua longa história, Jerusalém foi destruída pelo menos duas vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes e capturada e recapturada outras 44 vezes
Mas comecemos pela sua génese...

Fundação e História Parte I


Os primeiros vestígios do homem na região são do período calcolítico (idade do cobre) tardio e dos primórdios da idade do bronze (3000 a.C.) e foram encontrada numa colina a sudeste. A forma primitiva do nome da cidade, Urusalim(Carta de Armana), é provavelmente de origem semita e significa "fundação de Salém" ("fundação de Deus"). A cidade e seus primeiros governadores egípcios são mencionados em textos que remontam a 1900-1800 a.C. Uma narrativa bíblica refere-se à reunião do rei de Salém (Jerusalém), o cananeu Melquisedec, com o patriarca hebreu Abraão. No ano 1000, foi conquistada por Davi, fundador do reino de Israel e Judá, e se converteu em capital do estado, até então era a cidade dos Jebuseus. Salomão, seu sucessor, ampliou a cidade e edificou seu templo, criando assim um centro político e religioso do povo hebreu.


Em 922 a.C. Jerusalém foi saqueada pelos egípcios e, em 850, por filisteus e árabes. Com Ezequias, Jerusalém recuperou o antigo esplendor. Esse rei fortificou a cidade e garantiu o abastecimento de água por meio de um canal subterrâneo. Novamente, em 701, Jerusalém sucumbiu a Senaqueribe da Assíria, que lhe impôs pesados tributos. Em 602 foi saqueada pelos babilônicos, e seu rei deportado. Em 586 a cidade e o templo foram completamente destruídos por Nabucodonosor, e teve início o cativeiro do povo judeu na Babilônia. Em 537, Ciro II o Grande, rei da Pérsia, depois de derrotar os babilônicos, libertou os judeus e lhes permitiu o regresso a Jerusalém. O templo foi reedificado em 515 e a cidade se tornou centro do novo estado quando Neemias, por volta de 444, voltou a fortificá-la.
No ano 333 a.C., a expansão helenística iniciada por Alexandre o Grande aproximou Jerusalém, pela primeira vez, do mundo ocidental. Primeiro no reinado dos Ptolomeus do Egito e, depois, sob o domínio dos selêucidas (198 a.C.), os judeus lutaram para conservar sua fé. Alexandre Magno visitou a cidade quando Jadua (Ne 12.11, 22) exercia o sumo-sacerdócio.
Ptolomeu Soter tomou a cidade pelo ano 320 A.C.
Antíoco o Grande conquistou-a em 203 A.C. Scopas, o general alexandrino retomou-a em 199 A.C.
Foi tomada e o templo profanado, por Antíoco Epifanes Dn.11:31.
Foi reconstruída por Judas Macabeu em 165 A.C. Foi ele que restaurou, novamente, o templo.


Localização:

 

Desde 1975, a Jerusalém unificada passou a ser a maior cidade de Israel.
Jerusalém (Yerushalayim em hebraico, Bait al-Muqaddas ou al-Quds em árabe) localiza-se no planalto central da Palestina, a 760m de altitude. Os limites municipais, definidos em 1967, vão do aeroporto de Jerusalém, ao norte, até os arredores de Belém, ao sul; e dos montes Ercopus e das Oliveiras, a leste, até as colinas Herzl, En Kerem e o Centro Médico Universitário Hadassah, a oeste. A leste da cidade localiza-se o mar Morto e, além das margens do rio Jordão, as áridas montanhas de Moab; a oeste, estão a planície costeira e o mar Mediterrâneo, a 58km de Jerusalém. A principal rodovia na direção norte-sul corta a cidade e a liga a Nablus, ao norte, e a Belém e Hebron, ao sul. Outra estrada une Jerusalém a Jericó a leste e, margeando o Jordão, ao mar da Galiléia no norte. A estrada de Allon atravessa o deserto da Judéia e liga Jerusalém aos núcleos israelenses na Samaria.

Clima:



A cidade tem um clima intermediário entre semi-árido e subtropical, com verão seco e quente e inverno frio e chuvoso. A média anual de chuvas é de 500mm, e ocorrem precipitações de neve a cada dois ou três anos. As temperaturas médias são de 24o C em agosto e 10o C em janeiro. O khamsin, ou vento quente do deserto, é comum na primavera e no outono.






Locais Sagrados:

BASÍLICA DO SANTO SEPULCRO
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Construída onde acredita-se ser o local da ressurreição de Jesus, é o lugar mais importante para os cristãos. Lá está uma tumba com a pedra em que o corpo de Cristo teria sido colocado. Construída no século 4, foi destruída no século 11 pelo califado que governava a cidade, reerguida e ampliada no século 12.
Jerusalém registou só em 2010 a visita de mais de 3,5 milhões de turistas. O Rio de Janeiro, 1,6 milhões.
A CIDADELA
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Também conhecida como Torre de Davi (os bizantinos erroneamente a chamavam de Palácio do rei Davi).Construída no século 2 a.C.e aprimorada nos séculos 1, 15 e 16 d.C., a Cidadela foi usada como meio de defesa, aguentando as investidas dos soldados do papa Urbano II durante a Primeira Cruzada.
SINAGOGA DE RAMBAN
Ramban shul.jpgPrimeira grande sinagoga da cidade, erguida 500 anos após os judeus serem expulsos. Ficava perto do monte Sião, mas mudou para a localização atual por volta de 1400. Em 1599, deixou de ser uma sinagoga a mando dos otomanos que controlavam Jerusalém. Voltou a ter a função em 1967, com Israel obtendo o controle da Cidade Velha.







MONTE SIÃO


Colina próxima ao monte das Oliveiras, embora o nome Sião também seja associado à própria Jerusalém e à ideia da Terra Prometida. Lá fica a Abadiade Hagia-Maria, construída sobre o lugar em que a mãe de Jesus teria morrido. Também estão no monte o edifício onde teria ocorrido a Última Ceia e a suposta tumba do rei Davi.
VIA DOLOROSA (ou Via sacra)
É um percurso pelas ruas da cidade com 14 “estações”, que representam as etapas da crucificação de Jesus. A primeira marca sua condenação e as demais simbolizam o caminho até o Calvário, onde teria morrido. As quatro últimas estão dentro da Basílica do Santo Sepulcro. São simbólicas: não há precisão geográfica (ou histórica). Os locais já até mudaram algumas vezes.
DOMO DA ROCHA
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Fica na Mesquita de Omar, finalizada em 691, e tem o domo coberto de ouro. É o terceiro lugar mais sagrado do islamismo, depois de Meca e Medina. A tal rocha fica no centro da mesquita e é, segundo a tradição islâmica, o lugar de onde Maomé ascendeu ao céu. Para os judeus, é onde Abraão foi ordenado a sacrificar seu filho Isaac.
MONTE DAS OLIVEIRAS
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Segundo a Bíblia, foi o local para onde Jesus teria ido após a Última Ceia. Lá fica o jardim de Getsêmani, onde Cristo foi traído por Judas, e a Mesquita da Ascensão, construída onde ele teria ascendido para os céus. Para os judeus, é neste local que o Messias retornará no dia do Julgamento.
MURO DAS LAMENTAÇÕES
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O lugar sagrado do judaísmo é parte do Templo de Salomão, destruído pelos babilônios, reconstruído no século 1 a.C. e destruído de novo em 70 d.C. pelos romanos. Sobraram quatro muros – o das Lamentações é o maior, com 57m. No século 18, surgiu o hábito de colocar papéis com pedidos em suas fendas
Fundação e História Parte II

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No ano 70 A.D., o exército romano de 100.000 homens comandados por Tito, depois de um cerco de cinco meses, tomou e destruiu a cidade. Os sitiados defenderam-se com desesperado valor, e uma vez rompidos os muros, os conquistadores cavaram e viraram as próprias pedras dos alicerces. Ver Mt.24:2; O historiador Tácito calculou em um milhão a perda de vidas.
Os judeus, sob Bar Coceba, retomaram a cidade em 131.
O imperador romano, Adriano, conquistou-a e devastou-a em 132.
Cosróes II, rei da Pérsia conquistou-a e saqueou-a em 614.
Heráclio retomou-a em 628.
Omar, sucessor de Maomé, ocupou-a em 637.
Revolucionários muçulmanos conquistaram-na em 842.
Os edifícios dos cristãos foram destruídos em 937.
A dinastia fatimita ocupou-a em 969.
Calif Hakim destruiu-a em 1010.
Os turcos seljuk ocuparam-na em 1075.
Afdul a sitiou e a conquistou em 1096.
                                 
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Godofredo, chefe da primeira cruzada, sitiou-a, conquistou-a e massacrou os habitantes, em 1099.
Saladino, chefe da terceira cruzada, ocupou-a em 1187.
Os muros foram destruidos em 1219.
O Emir de Kerak conquistou-a em 1229.
Entregou-se a Frederico II, na sexta cruzada, em 1239.
Os kharesmians conquistaram-na e os arabes saquearam-na em 1240.
Foi ocupada pelos turcos em 1547.
Ibrahim Pachá, do Egito, ocupou-a em 1831.
Os turcos bombardearam-na em 1835.
Foi ocupada novamente pelos turcos em 1841.   
General Allenby libertou-a em 1917.

                                 

Em 14 de Maio de 1948, renasceu a nação de Israel com sua capital em Tel Aviv. Atualmente a cidade de Jerusalém tem uma população de 156.000 habitantes, na parte judaica. Hoje uma mesquita muçulmana ocupa o local do templo.

"Até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles," Lc.21:24;

O futuro templo e Israel restaurado, quando Jerusalém vai vestir--se de suas roupagens formosas, Is.52:1;
O dia quando os pés de Cristo estarão sobre o Monte das Oliveiras (Zc.14:14).



Nomes conhecidos

Jeru-Salém - Cidade da Paz / Paz 
Urusalim - Fundação de Deus
ir haqodesh / Al Quds . Cidade Santa
Jebus - Cidade dos Jebuseus
 kiryat melekh rav - Cidade de David Ou grande Rei
Neveh Tzedek - Oasis da Justiça
Aelia Capitolia - Nome romano 
yerusha - Legado + Shalom (paz)
Hierosolyma - Nome grego Hiero (Sagrada)
Sião, Sl.87:2;
Ariel, Is.29:1;
Lareira de Deus, Is.29:1;
A Cidade de Justiça, Is 1.26;

Comentários

  1. muito bom seu trabalho,parabéns, você poderia me enviar a bibliografia? Gosto muito de pesquisar nessa área ok? obrigado.

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